ESPERANÇA

22/09/2010 10:53

               A pessoa a humana é um ser radicalmente aberto a esperança. Podemos dizer que sem ela, a pessoa humana tem uma tendência natural em olhar sempre para frente, a buscar novos horizontes. Se isso é valido pata todas as dimensões da vida, o é também na sua dimensão religiosa e cristã. Os santos foram assim: pessoas de firme esperança. Apesar das inúmeras provações. Desafios, obstáculos aparentemente intransponíveis. Souberam manter-se firmes na fé e na vida, porque souberam ter esperança. Mas a esperança tinha um firme alicerce: a inquestionável confiança na bondade e no amor de Deus.

            Todos esses santos e santas conseguiram ultrapassar essas barreiras devido à confiança que em Deus eles depositavam. É a esperança que produz a confiança. A confiança em Deus é fundamental para a nossa vida de cristãos. Sem confiança em Deus não tem graça ser cristão. Quando confiamos realmente em Deus é que podemos viver uma vida de amor. Quando confiamos em Deus, conseguimos também ficar livres de tudo aquilo que aparece para nos afastar de Deus. A confiança em Deus é que faz com que o Espírito Santo possa guiar nossa vida para obedecer à vontade de Deus e viver a vida que Deus deseja para cada um de nós. De igual forma foram a vida e a obra dos santos. Fez grandes realizações. Sem dúvidas sedimentadas em meio a grandes dificuldades, mas não vacilaram, porque a confiança que tinham em Deus o fazia suplantar todo e qualquer obstáculo. Mesmo quando acontecem injúrias, insultos e perseguições, devemos continuar com uma inabalável confiança em Deus. E dizer: “Se alguma vez a providência de Deus permite-nos que sejamos injustamente objeto de calúnia ou perseguição, evitaremos vingança, ou maldizer, ou nos queixar dos que nos perseguem ou caluniam. Ainda mais, louvaremos e bendiremos a Deus por isso e daremos graças alegremente Poe este grande bem que nos vem do Pai das luzes. Ainda pediremos de coração a Deus por aqueles que fazem isso para nós, e faremos de boa vontade a eles o bem que tivermos oportunidade de fazer”. Lembremo-nos que Cristo mandou isso a todos os que creem: “Amai os vossos inimigos, fazei o bem aos que vos odeiam, rezai pelos que vos perseguem e caluniam.” Para que façamos isto de boa vontade, assegura-nos que seremos bem-aventurados, que devemos nos alegrar com estas coisas, pois teremos uma recompensa no céu. O que é mais importante, ele mesmo se comportou assim, quando viveu entre os homens para nos dar o exemplo; o mesmo fizeram depois os apóstolos para imitá-lo, os discípulos e numerosos cristãos.”

            Lembrai-vos também as palavras de Cristo: “Buscai primeiro o Reino de Deus e sua justiça e tudo mais vos será dado em acréscimo.” Por isso, cada um de nós se esforçará por preferir as coisas espirituais, a salvação das pessoas, a saúde do corpo e a glória de Deus. Ainda mais: escolheremos firmemente como Paul, o sofrer, a miséria, a infâmia, toda espécie de sofrimento até a morte antes de nos separar do amor de Cristo. Não buscaremos excessivamente os bens deste mundo, mas poremos nossa segurança no Senhor. Estaremos certos de que quanto mais nesse amor nós baseamos esta esperança, tanto mais viveremos sob a proteção de Deus. Se fizermos assim, nenhum mal nos atingirá, nada nos faltará, ainda que nos pareça que tudo está perdido”.

            Na verdade, com a confiança em Deus conheci e experimentei uma profunda paz. Confio em Deus como em meu Pai que por mim velava e de mim cuidava. Tenho a firme convicção que Deus é o autor da Associação da Divina Misericórdia, do Instituto das Missionárias Servas do Senhor e do Instituto Missionários Servos do Senhor, Ação Missionária Servitana (Família Servitana), para viverem o evangelho e serem Discípulos (as) Missionários (as) do acolhimento entre aqueles que estão longe: longe da vida em abundância; longe dos recursos; longe de nossas Igrejas, longe de suas terras, longe de serem respeitados.

            Tenho a convicção de que Deus é o autor de todo o bem que fazemos no serviço da ação Missionária do acolhimento Redentor. Confio que o Pai que havia começado estas obras às levaria também a perfeição. Tenho uma total confiança nos planos invisíveis de Deus que atua na história humana para revelar seu amor. Por um lado, peço a todos da família servitana sejam pacientes no discernir e seguir os desígnios de Deus.

 Dom José Edson